De acordo com os dados, a média de reprovação na primeira fase do Revalida 2023 é de 87,3%, considerando países que tiveram mais de 40 formados inscritos no exame
Complemento à Demografia Médica 2023 – da Associação Médica Brasileira e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – foi divulgado pelo portal de notícias UOL no dia 15 de agosto, trazendo dados sobre a reprovação de brasileiros formados em faculdades de Medicina na fronteira de países como Bolívia, Paraguai e Venezuela no Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos).
De acordo com os dados, a média de reprovação na primeira fase do Revalida 2023 é de 87,3%, considerando países que tiveram mais de 40 formados inscritos no exame. Pelo país de origem do curso, as maiores reprovações ficaram com a Venezuela (94,6%), seguida de Bolívia (93,5%), Cuba (90,7%), Paraguai (85,6%), Rússia (83,9%) e Argentina (64,4%).
Avaliando os brasileiros e estrangeiros que participaram da prova, a média de reprovação é similar, 87,5% e 86,6%, respectivamente. Ainda segundo o levantamento, mais de 80% dos brasileiros que fizeram a primeira fase do Revalida este ano vieram de faculdades da Bolívia (44,8%) ou Paraguai (39,1%).
Conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Revalida traz avaliações de cinco áreas: Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Medicina de Família e Comunidade.
O vice-presidente da Associação Paulista de Medicina e secretário geral da AMB, Antonio José Gonçalves, enxerga os dados com apreensão: “Os altos índices de reprovação no Revalida, ano a ano, só nos fazem ter mais certeza da importância de um processo de revalidação de profissionais formados no exterior. Não podemos deixar que pessoas sem a capacidade comprovada atendam nossos pacientes de forma alguma”.