Além das vidas perdidas, colapso dos sistemas de Saúde e complicações econômicas, a pandemia de Covid-19 também trouxe ao mundo a chamada Infodemia, ou excesso de informações – de fontes oficiais, científicas, imprensa e não oficiais, o que ainda gera uma avalanche de fake news.
Levantamentos realizados pela Associação Paulista de Medicina – em junho de 2020 e entre dez/2020 e jan/2021 – revelam que mais de 90% dos médicos acreditam que as fake news e informações sem comprovação técnica interferem negativamente no enfrentamento à Covid-19 – fazendo com que as pessoas minimizem o problema e as recomendações de isolamento social etc.; desacreditem a Ciência e dificultem a aceitação das decisões dos profissionais de Saúde; pressionem por tratamentos sem comprovação científica; e enfraqueçam as medidas adotadas pelos governos no combate à doença.
Como representantes da classe médica e da sociedade civil organizada, temos que trabalhar para conscientizar as pessoas a não acreditarem em todas as informações que recebem, para ensiná-las a checar o que tiverem dúvidas e repassar apenas o que for válido e relevante. Vamos juntos atuar no diagnóstico e no tratamento das Fake News.
Pensar que informação incorreta e desinformação se espalham da mesma forma que os vírus nos ajudam a raciocinar. Uma pessoa pode compartilhar notícias falsas com seus amigos e familiares, e então um punhado deles irá compartilhá-las com mais de seus amigos e familiares, e antes que você perceba, informações potencialmente prejudiciais ou perigosas estarão tomando conta do feed de notícias de todos.
Mas assim como podemos proteger contra o COVID-19 com lavagem das mãos, distanciamento físico e máscaras, podemos retardar a disseminação de informação incorreta e de desinformação praticando algumas formas de higiene das informações. Antes de compartilhar algo, faça-se estas perguntas:
Como isso me faz sentir?
Por que estou compartilhando isso?
Como saberei se é verdade?
De onde veio isso?
De quem seria a agenda que eu estaria apoiando se eu compartilhar?
Se você sabe que algo é falso, ou se te deixa com raiva, não compartilhe para desmascarar ou se divertir às custas disso. Isso apenas espalha ainda mais a informação incorreta ou a desinformação.
Bons lugares para ir em busca de informações confiáveis são os sites do seu Ministério da Saúde nacional ou da Organização Mundial da Saúde. Lembre-se, porém: as informações mudarão à medida que aprendermos mais sobre o vírus.
Fonte: Organização Mundial da Saúde – https://www.who.int/news-room/spotlight/let-s-flatten-the-infodemic-curve
Por: APM (Informação e imagem)
